ESCREVER NA QUARENTENA:
INDÍCIOS DE HETEROGENEIDADE E OS MODOS DE EMERGÊNCIA DO SUJEITO
Palavras-chave:
Pandemia, Aquisição de linguagem, EscritaResumo
Uma situação excepcional instaurou-se no mundo todo em função de uma pandemia global,
compelindo diversos setores da sociedade a alterarem seu modo ordinário de funcionamento, inclusive, o setor
educacional. Por decisão do MEC – Ministério da Educação decidiu-se pela suspensão das atividades escolares,
em seguida, as instituições escolares de todo o país se viram impelidas a adotar a modalidade não presencial de
ensino. A despeito de toda a problemática que circunda o ensino remoto emergencial, este trabalho objetiva
discutir uma relação que se dá na/pela escrita, no tocante ao ensino/aprendizagem da escrita nas séries iniciais,
em contexto de ensino remoto emergencial, o qual adquire contornos absolutamente distintos dos de um EAD,
dada à precariedade do status do “emergencial”. A partir de uma perspectiva interacionista na Aquisição de
Linguagem, pretendemos analisar textos produzidos por alunos de 4º e 5º anos de uma Escola Municipal do
Paraná. O corpus deverá se constituir de cerca de dez textos produzidos pelos alunos em ambiente doméstico sob
a supervisão dos pais. Tendo como base a concepção dialógica da linguagem, buscamos depreender indícios de
heterogeneidade e modos de inscrição da subjetividade à luz da análise enunciativo-discursiva. A metodologia
adotada consiste de pesquisa predominantemente qualitativa do tipo documental. Os resultados, ainda em fase de
desenvolvimento, apontam para a autonomia da equipe escolar frente ao desastre, o que possibilitou que os
textos em análise pudessem ter sido produzidos.