Custo de Recuperação do Córrego Tamanduá em Iporá-GO
Palavras-chave:
preservação ambiental, SIG, QGISResumo
Melo EJ*, Cunha ASQ, Ponciano IM, Ponciano VFG.
Introdução: A sociedade brasileira possui uma das leis mais rígidas do mundo. Exemplo disso é a Lei 9.433 de 1997 (código das águas) e a Lei 12.651 de 2012 (código florestal. Não obstante, o desmatamento no país vem aumentando ano após ano. Neste sentido, pouco se sabe sobre a situação atual das áreas de reserva legal nos municípios onde a fiscalização é precária ou inexistente. O presente estudo objetivou quantificar tal área do Córrego Tamanduá e estimar os custos para recuperá-la considerando a legislação vigente. Materiais e Métodos: Ferramentas de Sistema de Informação Geográfica foram empregados, a saber: software QGIS, imagens vetoriais e raster obtidas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e dados georreferenciados do Sistema Estadual de Geoinformação (SIEG). As imagens foram processadas e a área de Mata Ciliar e as áreas de nascente foram delimitadas ao longo do referido córrego. Resultados e Discussões: A área que deveria ser preservada compreende 142,10 hectares, no entanto 74,73 há estão preservados o que corresponde a 52,6 %. Os 67,36 ha desmatados correspondem a áreas de atividades agropecuárias. Considerando um custo de 87.842,91 R$ para recuperação de 1 ha em 3 anos, tem-se um total de 5.917.406,01 R$ para recuperar 67,36 ha com espaçamento de 3x3 m de espécies nativas. Considerações Finais: Os custos associados à recuperação do córrego Tamanduá chegam a valores próximos de 6 milhões de reais em 3 anos. Isso corresponde a cerca de 4 reais por minutos investidos por triênio. Referências: Almeida NA, Lara, CL, Angelo H. Avaliação do custo para recuperar uma área degradada: estudo de caso em uma área de preservação permanente do Rio Bisnau (Formosa, Estado de Goiás, Brasil). RBGAS. v. 6, n. 13, p. 349-364, 2019.